PEDRADO DA NESPEREIRA
Como combater este fungo que
pode provocar a destruição total da produção de frutos?
Nome científico:
Fusicladium eriobotryae (cavara) é a forma mais conhecida nas nespereiras, mas a F. pyracanthae e Venturia pyrina também são encontradas nesta planta.
Características:
É uma doença produzida por um fungo imperfeito do género Venturia (classe Ascomyceta),
que pode provocar a destruição total da produção e enfraquecimento da árvore.
Começa a manifestar-se com as primeiras chuvas outonais e pode
agravar-se com as chuvas primaveris.
Ciclo biológico:
No inverno, o fungo mantém-se vivo nas folhas velhas (do ano
anterior) caídas na terra.
O micélio (parte vegetativa dos fungos) também pode permanecer nas
fissuras e cancros dos ramos das arvores e permanecer ali até que as condições
sejam favoráveis.
O micélio pode continuar a desenvolver-se por via sexual nas
folhas mortas e em decomposição, comportando-se como saprófita durante todo o
ano.
Os ascos e ascósporos podem ser projetados bruscamente, desde
meados de março a junho (mais de 25.000 esporos/m3), e serem transportados pelo
vento e pela chuva, para as folhas e outros órgãos herbáceos. Depois penetram,
dando-se a infeção.
Sintomas/danos:
Ataca todas as partes aéreas da planta, ramos, folhas e frutos. O
pedrado produz inicialmente manchas claras de cor verde-olivácea nas folhas que
depois ficam escuras (castanhas-escuras
ou pretas), de contorno sinuoso.
A infeção desenvolve-se rapidamente, provocando desidratação do
limbo e paragem de crescimento do
fruto ou deformações no seu desenvolvimento e queda precoce.
Nos jovens ramos, forma-se um cancro castanho-escuro, que provoca
o dessecamento da zona superior à infeção.
O pedrado ataca o fruto desde o vingamento até a colheita.
A desidratação de
jovens ramos serve de porta de entrada a outros parasitas tal como Cytospora.
Época de combate:
Outono-primavera (até maio).
Prevenção/aspetos agronómicos:
- Podar todos os ramos fortemente infetados;
- eliminar ou destruir as folhas caídas, restos de frutos e ramos com sintomas da infeção;
- tratar, no inverno, com ureia, todas as folhas caídas;
- podar ramos para arejar o interior da copa da árvore;
- criar condições para que as minhocas decomponham os restos das folhas mortas;
- reduzir as fertilizações azotadas;
- evitar variedades sensíveis (Golden, Nadal, Amadeo, etc.);
- estar atento ao sistema de avisos e as condições atmosféricas da zona; favorecer a drenagem do solo.
Luta química biológica:
- Devem ser realizados dois tratamentos, antes da floração, na altura do intumescimento dos gomos e repetir após a queda das pétalas e sempre que a humidade seja elevada.
- Com temperaturas de 15 ºC e a precipitação seja superior a 10 L/m2, recomenda-se a utilização de fungicida.
- Se esta aplicação se efetuar nas 24 horas seguintes a precipitação, deve-se usar um fungicida preventivo (pode-se usar produtos contendo enxofre se não se atingir 30 ºC de temperatura diurna).
- Utilizar bicarbonato de potássio (máx. de 5 tratamentos por ano), enxofre, polissulfeto de cálcio e calda bordalesa, laminarina (molécula extraída de uma alga castanha bioestimulante) e extrato de cavalinha (planta Equisetum arvense).
- Utilizar produtos com substância ativa à base de cobre (hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre). Aplicar no outono, antes da floração e depois da queda das pétalas em intervalos de 21 dias (se as condições climáticas forem favoráveis) até ao início da mudança de cor dos frutos).
Luta biológica:
Tratamentos com Bacillus subtilis (bactéria
fungicida) e Trichoderma harzianum (fungos patogenos).
Nome científico:
Fusicladium eriobotryae (cavara) é a forma mais conhecida nas
nespereiras, mas a F. pyracanthae e Venturia
pyrina também são encontradas nesta planta.
Fonte:
https://revistajardins.pt/
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