PODA da VINHA

 

Poda da Vinha, o recomeço de um ciclo !




Após a vindima, chega-se à fase de início do ciclo vegetativo da videira.

(Fig1)

A Poda da Vinha ! Nestas fases do ano no período de repouso vegetativo da vinha.

(Fig 2)

 A operação de poda da vinha realiza-se em deferentes épocas do ano em Portugal conforme região, clima e castas.

 

Em vinhas de Merlot da Quinta do Cerrado da Porta, Sobral de Monte Agraço

Vinhas novas

As folhas já caíram, e por conseguinte as reservas ativas das folhas foram já canalizadas para o atempamento da vara, é então a época normal para realizar a poda.

O agricultor dispõe sensivelmente de 3 meses para realizar esta operação.

(Fig 3)

(Fig 4)

Não é aconselhável realizar esta operação com fortes geadas, porque os sarmentos estão quebradiços e também porque se expõe os tecidos da zona do corte ao frio que pode ser letal para estes.

 

Pode optar por podar mais tarde, ou podar em duas fases, numa primeira fase realiza uma pré poda, em que retira todos as varas dos arames, e numa segunda fase, onde realmente já fora do perigo de ocorrência de geadas fortes, realiza o acerto da carga à poda. É por isso importante iniciar a poda pelas castas mais tardias, aquelas que irão abrolhar mais tarde.

 

(Fig 5)


O resultado

A poda, como é sabido, consiste no corte mais ou menos severo das varas, para disciplinar e estimular o crescimento dos gomos responsáveis pela futura produção.

(Fig 6)


Uma vara será mais ou menos fértil, até certa medida, em função do seu vigor. O vigor depende do solo, da casta, e da poda praticada no ano anterior.



Em função deste vigor iremos deixar mais ou menos carga à poda (carga = nº de olhos deixados à poda).

(Fig 7)


(Fig 8)


Vamos atribuir mais ou menos carga em função da capacidade da videira, o objectivo é manter a planta em equilíbrio para termos produções regulares, mantendo varas vigorosas e férteis durante o maior número de anos possíveis.

Guyot – em Bucelas, por exemplo

cordão unilateral – prática normal no Douro ou Dão. quando se pretende mais vigor opta-se por um ramo para cada lado (cordão bilateral) e pretende-se mais produção

Quando a carga à poda é excessiva espera-se uma produção abundante, mas de menor qualidade, com consequente enfraquecimento da videira, o que levará ao longo dos anos ao seu envelhecimento prematuro.

 

(Fig 9)


(Fig 10)

Por seu lado, uma carga demasiado reduzida permitirá uma baixa produção, além de induzir à rebentação de gomos dormentes em ladrões, e rebentações múltiplas, provocando desavinho e ensombramento da vegetação.

(Fig 11)


A poda é por isso uma operação com grande importância na regularização da produção e do vigor da planta.

Em cada região pelos distintos sistemas de condução existentes os sistemas de poda também podem ser variáveis.


Fala-se em poda longa quando as varas são podadas a pelo menos 4 olhos, poda curta quando as varas são podadas a 2 ou 3 olhos, designados talões, e poda mista quando se registam varas e talões na mesma videira.

(Fig 12)


A poda mista é a mais vulgar na região, deixando-se as varas para a produção do ano, e ao talão deixa-se a função de renovação para garantir poda no ano seguinte.

(Fig 13)


Alguns cuidados de ordem sanitária são importantes serem tomados, pois é com a poda que algumas doenças se propagam a toda a vinha, comprometendo a longo prazo a sanidade e a produção.


(COISAS DO POMAR, DA HORTA E DO JARDIM »» https://www.facebook.com/groups/568756343272155/ )

Desinfecção do material de poda (tesoura, serrote, etc) será uma ajuda a limitar a transmissão de algumas doenças e pragas.


As feridas de poda são uma porta de entrada destas doenças, quanto maior a ferida maior é a possibilidade de contaminação.


As varas cortadas, se infectadas devem ser destruídas, pois as formas hibernantes de fungos nelas contidas podem facilmente ser transportadas pelo vento e contaminar plantas sãs.


Videiras já afectadas pela escoriose não devem ser podadas muito curtas, para não promover a rebentação de gomos infectados, pois o fungo aloja-se nos gomos basais.


Para as plantações novas, cujas podas de formação começam a ser praticadas, o que se pretende é orientar a videira, para a forma de condução previamente definida.

(Fig 14)


O objectivo é promover uma estrutura permanente vigorosa e adequadamente distribuída no espaço, para facilitar todas as intervenções culturais e permitir a obtenção de uma boa superfície foliar exposta.


A distribuição das varas e talões deverá ser realizada de modo a evitar um adensamento excessivo da vegetação, ou uma insuficiente exposição foliar.

Nesta fase de vida da videira, a produtividade é secundária, o prioritário é a promoção de um adequado vigor e uma correcta formação da cepa.

 

A poda do primeiro ano é sempre curta, sendo os lançamentos correspondentes conduzidos de modo que a vara que irá originar o futuro tronco seja mantida na posição desejada (usualmente na vertical) com tutores, tubos de crescimento, etc.


Para se assegurar uma boa circulação da seiva através do tronco e braços devem-se minimizar as feridas de poda, evitando assim zonas de tecido morto.

 

(Fonte)

In: www.clubevinhosportugueses.pt

 

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